terça-feira, 22 de julho de 2008

No Zimbabwe: Adversários políticos dão-se duas semanas para acordo efectivo


O GOVERNO zimbabweano e a oposição deram-se duas semanas para concluir um acordo que retire o pais da crise política que o atinge desde a eleição presidencial de Junho último.

O acordo-protocolo rubricado pelo presidente Robert Mugabe e o líder da oposição Morgan Tsvangirai, sob o testemunho do chefe de Estado sul-africano e mediador da crise, Thabo Mbeki, apresenta um quadro de negociações sobre o futuro político do país, estagnado desde a reeleição contestada, em finais de Junho de Mugabe, no poder hás 28 anos।

Após a assinatura deste acordo preliminar, o presidente zimbabweano também anunciou que o seu partido, a ZANU-PF, e a oposição concordam em fazer emendas à Constituição para estabelecer uma “nova ordem política"।

Ambos os adversários – Mugabe e Tsvangirai, que não se encontravam em público desde 1998, apertaram-se as mãos depois da assinatura। Também trocaram cumprimentos, tocando os dedos fechados, com o líder de uma facção dissidente da oposição, Arthur Mutambara. Em seguida, os três homens levantaram os braços em conjunto.

Mugabe agradeceu “cordialmente” o seu homólogo sul-africano pela sua acção “apesar calúnias e críticas amargas que o acusavam de nada fazer”।

O grande desafio do diálogo é definir um quadro político consensual no Zimbabwe, paralisado desde 27 de Junho। Uma das principais bases de desbloqueio da crise é a formação de um governo de unidade nacional.

Esse tipo de governo vem sendo defendido tanto pela União Africana (UA) quanto pela SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), ambas profundamente preocupadas com a crise económica e política do Zimbabwe।

O MDC, de Tsvangirai, e o partido ZANU-PF, de Mugabe, também se comprometeram, por meio do acordo, a diminuir a tensão política, disseram autoridades.

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