sexta-feira, 22 de agosto de 2008

É PERIGOSO CUSPIR PARA O AR.....


Julgamento do “Zambeze”: Procuradoria nega qualquer interferência do Executivo


A Procuradoria da República ao nível da cidade de Maputo refutou ontem que o julgamento de jornalistas do Semanário Zambeze, acusados pelo Ministério Público por crime de abuso de liberdade de Imprensa, sob forma de difamação, neste caso concreto à figura da Primeira-Ministra, esteja a ocorrer sob interferência do Governo.

A 12 de Agosto corrente teve lugar no Tribunal Judicial do Distrito Urbano nº 1, da cidade de Maputo, o julgamento de três jornalistas daquele semanário, que a 1 de Maio último publicou um artigo questionando a nacionalidade da Primeira-Ministra, Luísa Diogo।

O Ministério Público entende que alguns órgãos de informação têm estado a tratar a matéria de forma errónea, chegando até a sugerir a existência de motivações à margem da lei, como seja a interferência do Executivo sobre os órgãos judiciários, gerando, desse modo, uma situação de desinformação da opinião pública।

Os maus se juntam e cometem toda espécie de males.
É tempo de unir os bons para a prática conjunta do bem.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

“Lei da ditadura”, lei do silêncio



Em momento conturbado de nossa democracia vai se usando cada vez mais o poder e mais distante a lei।

Com isto segue, monotonamente, o caminho de tantos antecessores, a ignorar a espúria estrada que levou tantos poderes ilegais a ir confundindo o bem de todos com salvação de alguns।

Neste processo de destruição de resistências, a mais importante etapa é a que venha quebrar o espelho que liberdade de imprensa brande inexoravelmente diante do Poder, mostrando-lhe a sua máscara autêntica, convulsionada pelo medo, lívida pelo ódio, arregalada pela íntima convicção das próprias culpas।

A liberdade de expressão continua seduzindo os cultores do direito, os amantes da verdade, os paladinos da justiça, que acreditam depender a moralidade de nossos costumes, a probidade política, a ética social e o respeito às leis, de intenso debate, de notícias que despertam a noção de civilidade e de ampla publicidade que torna transparente o sentido dos actos e o carácter das pessoas que os vivem।Nada contra certos idealismos mas importa questionar:

O governo Moçambicano é ruim de notícia? Ou Talvez a imprensa seja boazinha com o governo, cobrindo com muita discrição o que em outras épocas virava escândalo? O Jornalista pode responder a processo de indemnização?

Prender jornalistas é criar “heróis da verdade” - considera Laurent Gbagbo



O PRESIDENTE da Costa do Marfim disse que a detenção e prisão de jornalistas engajados no exercício da sua profissão é criar “heróis da verdade”.

Laurent Gbagbo falava em Abidjan, a capital económica deste país da África Ocidental, na abertura oficial de um encontro alusivo ao 10º aniversário da Rede de Instituições de Regulamentação em Comunicações da África (RIARC)।


No encontro, que decorre sob o lema “Regulação, Democracia e Boa Governação”, participam mais de 60 membros da rede, incluindo Moçambique, que está representado pela presidente do Conselho Superior de Comunicação Social, Julieta Langa।


Segundo Gbagbo, os políticos e jornalistas têm de viver uma atmosfera de coexistência pacífica, mas cada um comprometido com o retrato da verdade. “Não devemos prender os jornalistas, porque ao fazermos isso estaremos a criar heróis da verdade, capacidade que eu não tenho”, disse Gbagbo, para quem os políticos têm a tendência de dar lições aos jornalistas por acharem que os profissionais da comunicação social existem não para dizer o que realmente acontece, “mas sim o que uma certa classe quer que seja dito”.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Perguntar ofende?





Os jornalistas, de facto, têm de mudar o mundo। E são eles que vão mudar o mundo.


A todos, coragem e esperança!

Moçambique usará recurso interno diante de ameaça europeia


- refere o ministro moçambicano do Planificacao e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, que já é tido em Maputo como o sucessor da actual 1।ª Ministra, Luísa Dias Diogo


O governo moçambicano anunciou nesta terça-feira que recorrerá a recursos financeiros internos para enfrentar as ameaças de corte de apoio por parte de alguns parceiros internacionais, noticiou ontem a agência Lusa no seu site brasileiro.


A Lusa recorda que a Noruega e a Suécia informaram, através das suas embaixadas em Maputo, que não irão aumentar suas ajudas directas ao Orçamento Geral do Estado moçambicano, devido ao que consideram "falta de progressos e pouca agressividade na luta contra a corrupção no país".


Reagindo a essa situação – citamos a Lusa – o ministro moçambicano do Planejamento e Desenvolvimento Rural, Aiuba Cuereneia, disse que “Moçambique vai usar receitas internas para cobrir a eventual lacuna no orçamento pela redução da ajuda internacional”।


“Moçambique tem formas de cobrir esta situação, através das receitas internas e da contribuição dos parceiros que estão agora a trabalhar connosco”, enfatizou ainda o ministro Cuereneia que é tido como o delfim do presidente do partido Frelimo e da República, Armando Guebuza, e é cada vez mais frequentemente referido como o próximo Primeiro-ministro de Moçambique.


De acordo com a Lusa o ministro Cuereneia rejeitou as alegações de que o governo tem feito pouco no combate à corrupção no país, apontando que “o país tem estado a registar progressos no tocante ao combate à corrupção, como resultado do reforço das instituições da justiça”, num esforço que até “conta com o apoio dos próprios financiadores externos”।


“Um dos grandes problemas (de suposta corrupção) era o relacionado com o processo do Banco Austral. A Procuradoria-Geral da República já começou a fazer audições e o Ministério das Finanças já forneceu os percentuais dos valores do dinheiro que tinha sido atribuído pelo banco a vários mutuários”, realçou Aiuba Cuereneia.


Alguns doadores internacionais de Moçambique têm manifestado desagrado por falta de um esclarecimento judicial das razões que quase levaram o ex-Banco Austral à falência no início de 2000, situação que só não se consumou depois de o governo moçambicano ter dado uma forte injecção financeira através do Orçamento do Estado, acrescenta a Lusa।


Uma lista dos principais devedores do Banco Austral divulgada na imprensa pelo conselho de administração incluía nomes e instituições associadas ao partido no poder em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), refere ainda a agência de notícias portuguesa. As despesas do Estado moçambicano são financiadas em cerca de 60% pelos doadores internacionais, incluindo a União Europeia.

Beira em Festa





A CIDADE da Beira completa hoje 101 anos da elevação a esta categoria। A capital provincial de Sofala está engalanada e várias actividades de índole cultural e desportivo estão previstas para hoje, bem como os habituais discursos comemorativos da efeméride।



Conheça a Origem


A Povoação do BangweDurante os anos que antecederam a chegada dos europeus, a região do Bangwe, junto à foz do então rio Aruangwa — actual Pungwé — era habitado por populações nativas — os Vabangwe (ou bangwes) — comunidade essencialmente de pescadores।A região estava sob domínio do reino de Sedanda, Vassalo do Império do Monomotapa, a quem os bangwes tinham a obrigação de pagar tributo regular.


Na metade do século XIX, devido à invasao dos Nguni « vinda do sul », a influência do Império do Monomotapa diminui e desagrega-se, dando lugar ao domínio da região pelo cada vez mais forte Império de Gaza, o qual partindo do sul de Moçambique começava a estender o seu dominio para regiões mais a norte, mercê da sua forte organização e capacidade guerreira, bem como de controle efectivo quer ao nível da produção, como também na colecta de impostos। O que equivalia a dizer que a região estava sob o domínio de Muzila e depois de Ngungunhana.


Foi neste estado que o português, Joaquim Carlos de Andrade, viu pela primeira vez a região do Bangwe, quando se propunha a estudar a navegabilidade do rio Aruangwe ( Pungwe ).


।Talvez por isto se diz muitas vezes que a povoação do Bangwe ou Arungwa é o antecessor da actual cidade da Beira.


Comando Militar de AruangwaComo muitas outras cidades do continente africano, a cidade da Beira tem o seu nascimento ligado ao período a que os portugueses denominam de descobrimentos।Dos muitos navegadores europeus, que passaram pela costa de moçambique, destacaremos aqui, a frota de Pedro Alvares Cabral, a quem foi incumbido por D। Manuel a tarefa de estabelecer uma feitoria em Sofala, no distante ano de 1400. Assim e de regresso do oriente, já no Índico, Pedro Alvares de Cabral, mandou um dos seus navios, capitaneado por Sancho de Toar, descobrir o famoso porto de Sofala. Foi esta, a primeira presença portuguesa no territorio de Sofala, que foi seguida pela passagem da segunda armada de Vasco da Gama, em 1502 e que motivou o estabelecimento de uma grande feitoria em Sofala.Entretanto, e por esta altura, em Portugal, o Rei deliberou criar um vice-reinado na India, para o qual nomeou D. Francisco de Almeida, que para tal, devia em primeiro lugar, por questões de estratégia e de interesse, cumprir com determinadas obrigações, entre as quais, a de erguer uma fortaleza em Sofala e estabelecer junto da mesma, uma feitoria para o resgate do ouro vindo do Império de Monomotapa.Para cumprir a missão foi escolhido por D. Manuel o Capitão Pero de Nhaya, também conhecido por Pero de Anaia, tendo chegado a sofala a 4 de Setembro de 1505.


Com a construção da fortaleza de S. Caetano de Sofala e da feitoria, Sofala tornou-se num dos maiores empórios da África Oriental.

A fortaleza protegia mais de seiscentos europeus, formando uma povoação de portugueses, mestiços e gente da terra। Distanciada cerca de quatrocentos metros, crescia outra povoação maioritáriamente composta por árabes, que se empregavam nos serviços da fortaleza e no comércio do ouro, marfim e ambar. Contudo, o desenvolvimento desta região só se dá muito mais tarde, pois as guerras entre Portugal e a Coroa Espanhola, contribuiu para a redução do movimento comercial e do abandono das infra-estruturas ali existentes.


Por volta de 1895 começam as viagens de sondagens da costa para o interior , que levaram o Tenente-coronel de artilharia, Joaquim Carlos Paiva de Andrade, cognominado de Mafambisse pelas populações locais, ás terras de Gorongosa, Mossurize e a travessia do Rio Pungwe, e que em consequência disto, foi por ele proposto, o estudo da navegabilidade deste rio e das condições do porto onde desemboca।Por decreto de 4 de Julho de 1884, é prevista a fundação dum comando militar na região do Aruangwa, na margem direita do rio Pungwe. O Comando foi criado pela portaria de 22 de Julho de 1887, na margem esquerda não na da direita do Pungwe, por razões geográficas, politicas e comerciais.A instalação do Comando, tinha inicialmente como fim manter o prestígio e respeito da soberania portuguesa, já que não havia na região nada que confimasse a efectiva fixação dos portugueses.Entretanto a relização daquele projecto só foi possível quando se provou existir na foz do Pungwe, um porto superior aos de Quelimane e Inhambaane, ainda que não se visse nas margens do referido rio, terreno apropriado para a instalação do Comando, visto ser todo alagado no tempo das águas altas, contudo este factor não impediu a instalação do Comando no sítio indicado.O Comando Militar do Aruangwa foi inaugurado em 20 de Agosto de 1887, pelo então Governador de Manica e Sofala, Tenente-coronel Jorge Pinto de Morais Sarmento.

Zâmbia: Presidente Mwanawasa morre na França


O Presidente da Zâmbia, Levy Mwanawasa morreu hoje num hospital da França onde se encontrava a receber cuidados intensivos após sofrer um ataque de trombose quando assistia a cimeira da União Africana(UA) no Egipto, anunciou o Vice-Presidente Rupiah Banda।


O lider Zambiano, que tinha completado 59 anos de idade, tinha se tornado numa figura de prestigio para os doadores devido aos sinais que dava no combate a corrupção no seu pais।


Mwanawasa era líder da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e um dos chefes de Estado que mais criticou o regime do vizinho Zimbabwe.Na Zâmbia, foi decretado luto nacional por sete dias. Levy Mwanawasa, advogado de profissão, deixa mulher e seis filhos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

José Craveirinha, poeta-mor de Moçambique


Beijing-2008: Lurdes Mutola: missão cumprida



LURDES Mutola cumpriu a sua missão numa “louca” ponta final onde a gigante e rápida passada das “gazelas” quenianas era inalcançável. Lurdes Mutola, que ganhou tudo ao longo da sua brilhante carreira, até vinha acompanhando com toda a determinação o grupo da liderança desta envolvente final dos 800 metros dos Jogos Olímpicos de Beijing-2008, ontem, no “Ninho do Pássaro”, fez o que efectivamente lhe convinha e lhe era possível naquelas dificílimas condições: acelerar ainda mais o ritmo, na tentativa de ainda conseguir um dos lugares do pódio. Mas, debalde. A pouco e pouco, as forças começaram a faltar à moçambicana de 35 anos de idade e 20 de carreira, e a meta cada vez mais distante, perante o furacão queniano que não ofereceu tréguas a ninguém, com a jovem de 18 anos Pamela Jelimo a sagrar-se campeã olímpica, com a extraordinária marca de 1:54.87 minuto.