sábado, 20 de dezembro de 2008

“Não me rendo” - avisa Mugabe aos seus detractores


O PRESIDENTE do Zimbabwe, Robert Mugabe, lançou ontem o mais forte ataque, até ao momento, contra os seus críticos em África e fora do continente, em resposta aos apelos para que se retire do poder। Falando num congresso do seu partido, a União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (ZANU-PF), Mugabe disse que o Zimbabwe é se e que não se sente intimidado pelos que exigem a sua demissão.O jornal The Herald, publicado em Harare, citou Mugabe ontem a dizer que “nenhum país africano terá coragem de o derrubar”.


"O Zimbabwe pertence-me", disse Mugabe, no seu discurso, no congresso da ZANU-PF."Nunca, jamais, venderei o meu país", acrescentou, advertindo os países ocidentais e africanos, que exigem a sua demissão, de que não se sente intimidado."Podem ameaçar decapitar-me. Eu acredito nisto e ninguém me vai derrubar: o Zimbabwe pertence-me, não pertence aos britânicos", sublinhou.Perante o congresso da ZANU-PF, na pequena cidade mineira de Bindura, Mugabe, 84 anos, dos quais 28 no poder, discursou contra a "nova colonização do país que o Zimbabwe enfrentará no caso de se afastar do poder.Entretanto, a Conferência de Bispos Católicos da África Austral considerou ontem que a mediação da SADC para resolver a crise no Zimbabwe falhou rotundamente e que chegou a hora da África do Sul forçar a demissão de Mugabe.Um comunicado da Conferência de Bispos Católicos, distribuído na Cidade do Cabo, acusa o presidente zimbabweano de “estar claramente disposto a ver o seu povo morrer de fome e de cólera, desde que mantenha nas mãos o poder que detém há 28 anos”.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PR exonera Custódio Pinto e nomeia novo comandante-geral da PRM


A decisão presidencial acontece uma semana depois da fuga de três famosos criminosos das celas da própria Polícia e um dia após o abate por desconhecidos, de um alto oficial da corporação ao nível da cidade de Maputo


O presidente da República, Armando Emílio Guebuza, exonerou, ao principio de noite de ontem, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), major-general, Custódio Pinto. Num outro despacho presidencial, o chefe de Estado moçambicano, nomeou para comandante-geral da PRM, o até então vice-comandante-geral da corporação, Comissário de Polícia, Jorge Henriques da Costa Khalau. Khalau, antes de ter ser comandante-geral adjunto, tinha exercido as funções de comandante da Forca de Intervenção Rápida (FIR). O agora comandante-geral da PRM é natural de Nampula, onde também já trabalhou como comandante provincial da corporação. Logo após a fuga de Anibalzinho e de outros dois parceiros de cela do chefe confesso do esquadrão criminoso que assassinou o jornalista Carlos Cardosos a 22 de Novembro de 2000, Todinho e Samito, informações apuradas de fontes da Polícia de Investigação Criminal (PIC), davam conta de que na PRM reinava um total descontentamento na corporação.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Na ressaca de 2008

No compulsar do ano que está prestes a finar, se vislumbram acontecimentos importantes que são difíceis de perecer na omissão. Ainda se refazendo da babalaza do findado ano de 2007, fomos, no estrear deste ano, aluídos por uma trepada galopante de preços dos chapas, situação que culminou com a tenebrosa revolução popular, no fatídico dia 5 de Fevereiro. Quem se esquece das barricadas montadas em todas ruas da capital, das crianças e mamanas embriagadas pela frustração demoníaca do custo de vida e atoladas na lama da dementação, que se entregavam à devoção pela violência e pela desordem. A esperança tinha se penhorado ao ódio, à impaciência e à intolerância.


Não nos olvidemos da xenofomania que acometeu os nossos irmãos sul africanos, que como Caϊn arrancara a vida ao seu irmão de sangue, Abel, se embebedavam do sangue dos seus confrades moçambicanos e se masturbaram na excitação hedionda do inconfessável. Moçambicanos estes que se ofertaram com o seu suor para libertar os seus confrades da tirania e das masmorras da boermania, irmãos que foram espoliados de seus bens, compelidos a despedaçar os seus laços familiares e expatriados de forma vexante, vindo adensar uma lista colossal de desempregados no solo pátrio.

As instituições do Estado nadavam nas labaredas como pipocas. Nunca se assistiu a tanto incêndio junto num mesmo ano, o malogro disto tudo, é que nunca se logrou descortinar a origem dos mesmos.

Ventos de fora se fizeram sentir e deixaram a sua marca indelével, o preço dos combustíveis dispara sistematicamente, o bolso do desafortunado cidadão comum se rompe cada vez mais. A pressão psíquica e emocional sobre o citadino, dai inerente, faz com que o índice de suicídios aumente de forma apavorante, a lista de psicóticos engrosse nas ruas da capital, o consumo de substancias psicotrópicas e de álcool adense, os assaltos a mão armada cresçam como cogumelos (assaltos a bancos, roubo de viaturas, etc.), as mulheres do asfalto multipliquem-se, a profanação masculina ganhe terreno. O desespero enamora cada vez mais os moçambicanos.

Não é sem martírio, que mergulho na longa metragem do trafico de menores e adolescentes, da pedofilia e de outros crimes de natureza sexual, que de uma ou de outra maneira contribuíram para nublar o ano que finda. O culto do proibido e a veneração pela promiscuidade se apossaram da natureza humana. Adultos, conduzidos pelo instinto animalejo, se apoderam da candura de criaturas que ainda desconhecem o lado oculto do adulto, o lado da perversão. Crianças que são proibidas de o serem, crianças adultas.

Ainda na esteira do caducado ano, a economia selvagem e seus complexos inerentes estão deixando mazelas, fala-se da crise de alimentos, da crise financeira mundial. O consumismo excessivo e os bancos seduzem o cidadão a se endividar mais do que deve, a esperança se afasta cada vez mais de nós, a esperança cede espaço ao egoísmo e a ganância, estamos sendo sufocados pela ditadura do capital. É a plena alienação económica do homem.

Chegados ao final do ano, assistimos impávidos e serenos e com o mesmo alheamento, aos constantes assaltos a mão desarmada provocados por comerciantes devassos, que embriagados pela avidez, inflacionam invariavelmente o preço dos produtos alimentares, colaborando para o opróbio da penosa situação do cidadão. As bebidas alcoólicas e os refrigerantes diversos são açambarcados para depois serem revendidos a preços obscenos ante o olhar apático do cidadão e de quem de direito. Mukeristas e vendedores informais patrocinam a debilidade económica do cidadão e ditam as regras de um mercado promíscuo. Autênticos percevejos.

Não percamos a esperança, não nos alienemos, redobremos as forças para que o ano de 2009 seja um ano prospero e jubiloso Que a impaciência, a injustiça, a intolerância e todos os males sejam expelidos como excrementos, que nos divorciemos da promiscuidade e da profanação, que nos unamos, e não nos sirvamos das nossas diferenças para fomentar o pânico e a malquerença, mas sim que sirvam de força motriz para desbaratar os obstáculos que se apresentam, vezes sem conta, na nossa vida. Assim seja!

Feliz 2009

Por dr. Kanda

Kanda adnaK

Machope! Não faz mal!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Bush desviando-se a tempo para não ser atingido



UM jornalista iraquiano arremessou, domingo, os seus dois sapatos, um após o outro, contra o Presidente George W. Bush, que se conseguiu desviar, antes do jornalista ser detido pelos homens da segurança dos dois países. Antes de ser retirado do local, o jornalista Muntadar al-Zaidi ainda insultou o Presidente norte-americano em plena conferência de Imprensa, gritando que a sua atitude era “o beijo de adeus, espécie de cão", acusando Bush ainda de ser “o responsável pela morte de milhares de iraquianos".

Ksenya Sukhinova é eleita Miss Mundo 2008


A russa Ksenya Sukhinova, uma loira siberiana de olhos azuis, de 21 anos, foi eleita Miss Mundo 2008, na noite de sábado, em Johannesburgo, derrotando outras 108 candidatas. A segunda classificada foi a indiana Parvathay Omanakuttan, e a terceira, Gabriel Walcott, de Trinidad e Tobago. O concurso, criado em 1951, foi transmitido pela televisão para pelo menos 180 países.