- refere o ministro moçambicano do Planificacao e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, que já é tido em Maputo como o sucessor da actual 1।ª Ministra, Luísa Dias Diogo
O governo moçambicano anunciou nesta terça-feira que recorrerá a recursos financeiros internos para enfrentar as ameaças de corte de apoio por parte de alguns parceiros internacionais, noticiou ontem a agência Lusa no seu site brasileiro.
A Lusa recorda que a Noruega e a Suécia informaram, através das suas embaixadas em Maputo, que não irão aumentar suas ajudas directas ao Orçamento Geral do Estado moçambicano, devido ao que consideram "falta de progressos e pouca agressividade na luta contra a corrupção no país".
Reagindo a essa situação – citamos a Lusa – o ministro moçambicano do Planejamento e Desenvolvimento Rural, Aiuba Cuereneia, disse que “Moçambique vai usar receitas internas para cobrir a eventual lacuna no orçamento pela redução da ajuda internacional”।
“Moçambique tem formas de cobrir esta situação, através das receitas internas e da contribuição dos parceiros que estão agora a trabalhar connosco”, enfatizou ainda o ministro Cuereneia que é tido como o delfim do presidente do partido Frelimo e da República, Armando Guebuza, e é cada vez mais frequentemente referido como o próximo Primeiro-ministro de Moçambique.
De acordo com a Lusa o ministro Cuereneia rejeitou as alegações de que o governo tem feito pouco no combate à corrupção no país, apontando que “o país tem estado a registar progressos no tocante ao combate à corrupção, como resultado do reforço das instituições da justiça”, num esforço que até “conta com o apoio dos próprios financiadores externos”।
“Um dos grandes problemas (de suposta corrupção) era o relacionado com o processo do Banco Austral. A Procuradoria-Geral da República já começou a fazer audições e o Ministério das Finanças já forneceu os percentuais dos valores do dinheiro que tinha sido atribuído pelo banco a vários mutuários”, realçou Aiuba Cuereneia.
Alguns doadores internacionais de Moçambique têm manifestado desagrado por falta de um esclarecimento judicial das razões que quase levaram o ex-Banco Austral à falência no início de 2000, situação que só não se consumou depois de o governo moçambicano ter dado uma forte injecção financeira através do Orçamento do Estado, acrescenta a Lusa।
Uma lista dos principais devedores do Banco Austral divulgada na imprensa pelo conselho de administração incluía nomes e instituições associadas ao partido no poder em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), refere ainda a agência de notícias portuguesa. As despesas do Estado moçambicano são financiadas em cerca de 60% pelos doadores internacionais, incluindo a União Europeia.
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