segunda-feira, 21 de julho de 2008

"Há mais Bicicletas – mas há Desenvolvimento?".



ACABA de sair do prelo o último livro de Joseph Hanlon e Teresa Smart, dedicado a Moçambique: "Há mais Bicicletas – mas há Desenvolvimento?".

O livro, publicado pela editora moçambicana Missanga, está dividido em 3 Partes, com 18 Capítulos e 2 Apêndices. Dá um panorama dos desafios do desenvolvimento em Moçambique desde a Independência.

O livro faz uma observação detalhada de exemplos concretos, colhidos particularmente nas províncias de Nampula e Manica, e apoia abertamente a política de descentralização dos últimos anos que faz dos distritos o centro do desenvolvimento e do combate a pobreza।

De um modo geral os autores criticam as políticas ditadas pelos organismos financeiros internacionais, particularmente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial। Focando com detalhes a questão do Caju no final dos anos 90, o livro parte para a afirmação de que, em muitos casos, se o governo de Moçambique fosse deixado sozinho a delinear as suas próprias políticas, podia obter melhores resultados.

Por outro lado, os Autores consideram negativa e irrealista a exagerada expectativa em torno do investimento estrangeiro como promotor do desenvolvimento do país, argumentando a favor de maior apoio do estado aos empreendedores nacionais। Dá exemplos muito pertinentes de outros países em desenvolvimento, como o Brasil ou a Índia. No caso específico do apoio ao desenvolvimento da agricultora, cita o Zimbabwe dos primeiros anos após a independência.

Um dos capítulos do livro mais controverso, é o que faz uma análise da corrupção vista tanto como motor de desenvolvimento quando promove empregos e cria riqueza, como perigoso travão quando só cria ricos que não criam riqueza।
"Há mais Bicicletas – mas há Desenvolvimento?".

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