quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Auditoria nos Aeroportos de Moçambique: Inspecção já ouviu altos responsáveis


DOIS administradores e outros altos responsáveis ligados à área de Gestão Financeira e Comercial dos Aeroportos de Moçambique (ADM) já foram ouvidos no âmbito da auditoria que vem sendo feita às contas da empresa, apontada como estando a ser delapidada por alguns dirigentes। Numa fase posterior será ouvido o presidente do Conselho de Administração, Diodino Cambaza।



Estes dados foram revelados ontem por fonte autorizada, que indicou que, essencialmente, a auditoria em curso abrange a Repartição de Finanças, mas deverá atingir outros sectores tidos como importantes para o esclarecimento dos alegados desmandos financeiros na empresa। À frente do processo estão a Inspecção-Geral das Finanças e o Gabinete Central de Combate Contra a Corrupção, uma unidade da Procuradoria-Geral da República (PGR).


Ao que apurámos, as audições não só abrangem os membros do Conselho de Administração, como também trabalhadores do quadro comum tidos como determinantes no fornecimento de dados que ajudem a esclarecer o que está a acontecer।


Ouvido um elemento do Conselho de Administração, que preferiu falar na condição de anonimato, disse que a empresa está a funcionar normalmente, apesar da auditoria em curso, cumprindo na íntegra todos os projectos em carteira, destacando-se o da modernização do Aeroportos Internacional de Maputo e outros tidos como importantes a nível das províncias।


“De nada adiantará dizer se é ou não verdade que houve desfalque, porque a auditoria ainda não terminou e não há datas para tal। Vamos deixar que sejam os próprios auditores a tirar as devidas conclusões sobre o assunto. O que se pode dizer de momento é que a empresa está saudável e a laborar normalmente”, disse.


A mesma fonte afirmou que, pelo nível de detalhe que consta dos documentos escritos e entregues à comunicação social para publicação, conseguiu-se identificar quem da empresa está por detrás do que denomina de “orquestração” na Imprensa para desacreditar o Conselho de Administração। “Pelo nível de detalhe, linguagem e natureza dos documentos que chegaram aos órgãos de comunicação social, conseguimos chegar à pessoa que planeou tudo. Ainda não falámos com ela. O que está a acontecer foi bem planeado, uma vez que a pessoa forneceu e fabricou alguns detalhes que, em princípio, são do conhecimento de um grupo restrito de quadros. Portanto, estamos perante um caso de premeditação de furto de documentos e falsificação de grande parte deles”, disse a fonte.


Por outro lado, depois das informações terem sido postas a circular, o Comité Sindical da empresa reuniu-se com os trabalhadores em todos pontos do país onde a empresa está representada, com vista a debater o assunto. O que foi dito, segundo nos avançaram, é que os trabalhadores distanciavam-se de tudo.

Nenhum comentário: