A VIUVA do primeiro Presidente moçambicano, Graça Machel, diz que tem mais evidencias agora de que o seu marido terá sido assassinado, dado que, segundo ela, conseguiu falar já telefonicamente com alguém que diz ter estado em Mbuzini com a missão de “abater” o avião em que viajava Samora Moisés Machel, “caso falhasse o Plano A do assassinato”।
Samora Machel morreu num trágico acidente de aviação, ocorrido a 19 de Outubro de 1986, na localidade sul-africana de Mbuzini, junto à fronteira entre Moçambique e a África do Sul, quando regressava da Zâmbia numa missão de paz para a região। Na ocasião, outros 33 cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, também perderam a vida.
Em declarações que fez à Televisão de Moçambique (TVM), por ocasião da passagem domingo do 22º aniversário da morte trágica de Samora Machel, Graça Machel disse que já há pessoas que sabem (das circunstâncias da morte de Machel), mas o que falta é elas aceitarem que sejam testemunhas em tribunal।
“Este é que é o problema, (porque) sem evidências não pode haver julgamento”, afirmou, acrescentando que “não é difícil ir ao fundo da verdade, (mas) o problema é encontrar alguém disposto a testemunhar em tribunal”।
Graça Machel voltou a reiterar que não vai descansar enquanto não forem esclarecidas as circunstâncias da morte de Samora Machel।
Como sempre quando fala da morte trágica do seu marido, Graça Machel vincou, uma vez mais com muita emoção, que “22 anos depois do assassinato, não se sabe o que aconteceu com ele”, acrescentando que “Samora tinha muito boa saúde”।
“Ele era rijo, com 53 anos”, vincou visivelmente amargurada, para depois acrescentar que “ainda hoje, quando nos sentamos à volta da mesa, falta aquela gargalhada”। “As pessoas não pensam nisso", referiu, insistindo que ao menos se a família soubesse o que aconteceu com o seu ente querido.
Em comunicado de Imprensa emitido por ocasião de 19 de Outubro, a Presidência da República reafirma a determinação do Estado moçambicano em utilizar todos os meios necessários para o esclarecimento definitivo das circunstâncias em que ocorreu aquele sinistro।
“A descoberta da verdade sobre a morte do Presidente Samora Moisés Machel foi e continua a ser uma prioridade da Nação moçambicana”, lê-se no comunicado.
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