INÁCIO Mussanhane, pessoa que denunciou o caso de exploração de três menores num bordel gerido por Aldina dos Santos (Diana), num luxuoso bairro em Moreleta Park, arredores de Pretória, na África do Sul, escapou há dias, na cidade de Maputo, a um rapto protagonizado por três indivíduos। Do grupo de raptores, contava-se um estrangeiro ao que se supõem de origem asiática, segundo dados a que tivemos acesso।
O caso deu-se num dos condomínios onde o denunciante, que se dedica à investigação de casos de tráfico e exploração de menores e á assistência jurídica, encontra-se a residir na capital do país। Informações em nosso poder, indicam que o caso deu-se cerca das 21.00 horas quando três homens, usando uma pessoa das relações da vítima, fizeram-se à casa de Mussanhane.
Dentro do recinto do condomínio, ligaram para o seu telemóvel pedindo para que ele saísse, sem que nada indicasse tratar-se de um crime। Uma vez fora de casa, Mussanhane foi forçado a entrar no carro e a deitar-se no banco de trás. Em seguida foi-lhe tapada a boca com um pano, ao mesmo tempo que os homens agiam no sentido de amordaçá-lo os membros.
Neste entretanto, a pessoa das relações da vítima e que levara o grupo à sua casa, tratou de alertar aos seguranças para que mantivessem o portão fechado, como forma de impedir a retirada da viatura do local। Ao que tudo indica, o amigo de Mussanhane teve de agir ao ver que os propósitos para os quais aceitara ir indicar a casa, eram contrários à sua boa vontade.
Falando ao nosso Jornal, Inácio Mussanhane disse que escapou por um milagre, tanto mais que aproveitou-se do facto de os raptores terem entrado em discórdia entre si, quanto a um possível plano que chegou a estar previsto de o abater, em caso de oferecer resistência। A ideia de abatê-lo era defendida pelo cidadão estrangeiro, que a dada altura entrou em forte contradição com o nacional que defendia apenas o rapto de Mussanhane.
“Tudo indicava que era para me assassinarem। Do que me apercebi da briga circunstancial deles, o cidadão asiático veio da África do Sul com o propósito de me procurar e executar o plano traçado. Escapei por pouco, talvez porque vivo num condomínio com segurança ou ainda porque o meu amigo, que indicou a minha casa, apercebendo-se que fora enganado, tratou de me salvar. Para mim, não se trata de outra coisa se não o “caso Diana”, visto que a rede em que ela é integrante não foi totalmente desactivada. O principal alvo deles sou eu” – disse Mussanhane.
Contudo, Mussanhane diz estar tranquilo, uma vez que o que fez (denunciar o caso) qualquer cidadão no seu bom-senso o faria, pois não podia sonegar um crime desta magnitude, no qual menores e compatriotas estavam a ser explorados sexualmente na África do Sul।
“Confesso que me sinto à-vontade na África do Sul do que em Maputo, minha terra natal। Sei que corro riscos de vida na minha terra, mas não vou desistir da minha acção. Estou de consciência tranquila. Qualquer pai faria a mesma coisa que eu fiz” – acrescentou.
Refira-se que o “caso Diana” vai conhecer na próxima semana a sua etapa final de audições às três jovens abusadas sexualmente de 15 de Janeiro a 13 de Fevereiro deste ano. No mês passado, naquilo que constituiu a primeira audição final do caso, o tribunal interrogou uma das três vítimas, assim como colheu depoimentos da ré que mudou de discurso, por diversas vezes, tendo negado os 65 crimes de que é acusada e recusado que tenha sido ela a levar as moças de Maputo para Pretória.
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