A USURPAÇÃO de poderes políticos, nepotismo, contratação de trabalhadores sem visto do Tribunal Administrativo e o pagamento de salários a funcionários “fantasmas” são, entre várias, as irregularidades que terão ditado o afastamento do actual edil da Beira, Daviz Simango,। da cúpula da Renamo.
Este facto foi revelado há dias em conferência de Imprensa pelo delegado político provincial da “perdiz” em Sofala, Fernando Mbararano, que também anunciou a cessação de funções do porta-voz político da cidade, Geraldo Carvalho, por alegadamente integrar a ala de Simango। Fernando Mbararano explicou que tais práticas vinham sendo levadas a cabo há bastante tempo, mas a liderança do partido ainda não tinha provas muito sólidas que justificassem algum pronunciamento público.
Acrescentou que a sua formação política procurou por várias vezes falar com o edil com objectivo de instá-lo a mudar de postura, facto que disse, sempre redundou em fracasso।
“Não estou a dizer que Daviz Simango não cumpriu com o manifesto da Renamo। Estou, sim, a dizer que ele abriu as estradas, construiu a morgue do Hospital Central da Beira, edificou várias unidades sanitárias, entre outras realizações que o partido se prometeu a realizar no seu manifesto eleitoral. Mas nós viemos a constatar que existia uma tentativa silenciosa de golpe que estaria a ser engendrada com o objectivo de usurpação de poderes”- disse.
Mbararano não entrou em detalhes sobre a alegada tentativa de golpe silencioso, reiterando apenas que se tratou de uma usurpação de poderes políticos। A título elucidativo, a fonte disse que o actual edil da Beira enviava alguns funcionários do Conselho Municipal para missões partidárias consideradas de obscuras nos distritos, como é o caso de Cheringoma onde iam pedir votos, mesmo sabendo que aquela região não faz parte do território autárquico.
“Diga-me lá o que é que significa quando o senhor Carvalho vai pedir voto para o presidente Daviz Simango em Inhaminga? Isso é muito estranho. Para além disso, as quotas dos membros do partido que trabalham no Conselho Municipal foram depositadas numa conta bancária com assinaturas que não são representativas fora do controlo da direcção central da Renamo, sendo gerida directamente pelo edil, para fins alheios ao partido” - referiu.
Um comentário:
Mbararano só perde a oportunidade para se manter calado.
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