A PROCURADORIA-GERAL da República (PGR) pede celeridade à equipa da Inspecção-Geral de Finanças que há dias iniciou uma auditoria às contas da empresa Aeroportos de Moçambique (ADM). Através do Gabinete Central de Combate Contra a Corrupção (GCCC), a Procuradoria, que solicitou a auditoria, diz que tal pedido tem em vista que o processo siga sem delongas os trâmites que se julgarem necessários. Em causa estão as acusações lançadas por alguns funcionários dos Aeroportos de Moçambique, através da Imprensa, segundo as quais elementos do Conselho de Administração, liderado por Diodino Cambaza, estariam a delapidar os recursos financeiros daquela empresa pública.
No próximo mês de Novembro, o elenco de Diodino Cambaza completará três anos na liderança desta empresa pública, que hoje é apontada como estando a ser usada para proveito pessoal dos seus membros de direcção। Por não terem sido determinadas datas para o término dos trabalhos, a PGR pede que os peritos acelerem o trabalho e recolham o máximo possível de provas sobre a alegada má gestão de fundos da empresa, para que, caso tal situação se confirme, sejam responsabilizados os seus autores.
“A auditoria em curso não só visa apurar a veracidade dos factos, como também aclarar se existe ou não corrupção ou outra matéria de âmbito criminal. Só depois disso é que se poderá decidir se se dará ou não tratamento judicial ao processo”, disse ao “Notícias” fonte autorizada da PGR.
A mesma fonte apontou que não foram tomadas quaisquer medidas cautelares contra os cidadãos publicamente indiciados de estarem por detrás do suposto desfalque, uma vez que a equipa da Inspecção-Geral das Finanças ainda não terminou o seu trabalho।
A auditoria em causa tem por finalidade aclarar aspectos como alegados gastos indevidos efectuados por elementos do Conselho de Administração dos Aeroportos de Moçambique, nomeadamente para a aquisição de casas de luxo, reabilitação de parte das suas residências pessoais, compra de viaturas, algumas das quais dadas como desaparecidas। A auditoria tem ainda em vista apurar até que ponto é verdade que parte do dinheiro retirado das contas dos ADM foi drenada para a aquisição de vivendas de luxo na África do Sul, alegadamente para servir aos filhos de alguns dos dirigentes e que se encontram a estudar naquele país vizinho, aquisição de bens para apetrechamento de empreendimentos pertencentes a membros do Conselho de Administração, entre outras situações relacionadas com má gestão de fundos.
Do rol de acusações feitas por alguns trabalhadores e publicadas na Imprensa, contam-se ainda alegados favorecimentos a elementos ligados a outras entidades sob tutela do Ministério dos Transportes e Comunicações, como é o caso dos Transportes Públicos de Maputo (TPM), onde algum dinheiro foi alocado indevidamente a determinadas pessoas para uso pessoal।
Refira-se que grande parte das informações sobre a alegada delapidação de fundos nos Aeroportos de Moçambique veio à superfície através da Imprensa. Foi a partir daqui que o Gabinete Central de Combate Contra a Corrupção, em parceria com a Inspecção-Geral de Finanças, se fez ao terreno para apurar a veracidade dos factos.
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