O governo moçambicano não vai exigir indemnização ao Banco Mundial
pelo "erro cometido" na reabilitação da linha ferroviária de Sena, mas
espera tirar "maiores vantagens" na negociação de futuros projetos.
A garantia foi dada à Lusa pelo ministro dos Transportes e
Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, à margem da cimeira da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que decorreu no
fim-de-semana, em Maputo.
Num relatório recentemente divulgado, o Banco Mundial considerou
"insatisfatório" o seu desempenho no projeto de reabilitação da linha
férrea de Sena, no centro de Moçambique, uma infraestrutura importante
no escoamento da produção de carvão da região, destruída durante a
guerra civil.
"Os resultados do projeto são insatisfatórios, o risco de
implementação é insatisfatório e o desempenho do banco é também
insatisfatório", indica o documento do Banco Mundial, que desembolsou
86,4 milhões de euros para a reabilitação da linha férrea.
"Não, nunca ponderámos" exigir indemnização ao Banco Mundial, disse Paulo Zucula, quando questionado pela Lusa sobre o assunto.
Para o governo de Moçambique "o importante é (o Banco Mundial) já reconhecer que cometeu erro", disse o governante.
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